segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Campeonato Brasileiro 2011 (24° rodada)

Sábado, resultados:

     Atlético Goianiense x Atlético Mineiro ( 1 x 0 ) Gol de Vitor Júnior.

     Vasco x Grêmio ( 4 x 0 ) Gols: Elton, Fágner, Diego Souza e Éder Luís.

     São Paulo x Ceará ( 4 x 0 ) Gols: Juan, Iván Piris, Casemiro e Rivaldo.

Domingo, resultados:

     Bahia x Fluminense ( 3 x 0 ) Gols: Souza (2) e Gum (Gol contra).

     Atlético Paranaense x Figueirense ( 0 x 0 )

     Avaí x Palmeiras ( 1 x 1 ) Gols: Batista, para o Avaí / Chico, para o Palmeiras.

     Botafogo x Flamengo ( 1 x 1 ) Gols: Loco Abreu, para o Botafogo / Jael, para o Flamengo.

     Corinthians x Santos ( 1 x 3 ) Gols: Liédson, para o Corinthians / Henrique, Allan Kardec e Borges, para o Santos.

     Cruzeiro x América Mineiro ( 0 x 0 )

     Internacional x Coritiba ( 1 x 1 ) Gols: Emerson, para o Coritiba / Oscar, para o Internacional.

Análise dos jogos:

     Eu (Brenno Gomez) não acompanhei nenhum jogo nesta rodada, portanto os posts ficam por conta de Juca Kfouri e Rafael Belattini.

Atlético Goianiense x Atlético Mineiro

No Serra Dourada (6.186pagantes), no embate dos Atléticos, o Goianiense saiu-se melhor que o Mineiro e venceu por 1 a 0, com gol de Vitor Júnior, aos 16 do segundo tempo. Com a derrota o Galo voltou para a zona de rebaixamento.
Vasco x Grêmio

O melhor da vitória do novo líder do Brasileirão foi que o derrotado Grêmio também jogou muito bem em São Januário (16.014 pagantes), pelo menos no primeiro tempo.

O Vasco saiu na frente logo de cara em ótima jogada pela direita, na linha de fundo, de Éder Luís que Élton aproveitou com oportunismo, ao chegar antes do zagueiro gremista Simon.
Vasco sem Juninho Pernambucano e sem Felipe lembre, além da ausência do grande Ricardo Gomes.
Mas o tricolor não se intimidou e foi à luta.
Prejudicado na rodada passada pela arbitragem, desta vez os cruzmaltinos foram beneficiados quando Dedé, que já tinha cartão amarelo, empurrou por cima e calçou Escudero por baixo, na área, sem que o pênalti, e a conseqüente expulsão fosse assinalada.
Mesmo assim os gaúchos seguiram perigosos, quase empatando mais duas vezes, mas o Vasco ameaçava, e muito, nos contra-ataques.
Uma vez tirou lasca da trave e noutra, em lançamento primoroso de Felipe Bastos, Diego Souza deu o drible da vaca em Edcarlos e deixou Victor a ver navios para fazer 2 a 0.
Aí, é claro, o Grêmio sentiu, mas mesmo assim Fernando Prass, aos 42, salvou o primeiro gol gremista.
Nem bem começou o segundo tempo, aos 6, Diego Souza deu uma virada de jogo sensacional para Fagner na direita e deste a bola foi cruzada para Éder Luís ampliar para 3 a 0, um excesso que o Grêmio não merecia, mas, fazer o quê?
Juntar os cacos e seguir a vida.
Até porque Fagner, em grande noite assim como Diego Souza, aproveitou-se de uma jogada do companheiro para fazer 4 a 0.
E o quinto gol não saiu por detalhe.
São Paulo x Vasco

No Morumbi (22.381 pagantes), o São Paulo também teve a chance de abrir o placar logo de cara, quando Henrique exigiu que o goleiro Fernando Henrique, do Ceará, fizesse uma defesa maravilhosa, milagrosa mesmo, com a bola ainda indo à trave.
O São Paulo, com Casemiro, ainda teve nova oportunidade, mas, depois disso, quase só deu Ceará, que obrigou Rogério Ceni a se desdobrar e chegou a levar pavor à defesa tricolor.
Quando parecia até que o Vozão abriria o marcador, mas, aí, Carlinhos Paraíba cruzou da esquerda e Juan, imagine, entrou de cabeça para botar o São Paulo na frente, aos 42.
O Ceará tonteou e foi fatal porque, dois minutos depois, foi a vez de Casemiro cruzar pela esquerda para achar Piris do outro lado e ele não deixou barato: 2 a 0.
Como em São Januário, o jogo estava liquidado no intervalo.
E para que não houvesse a menor dúvida sobre isso, aos 21, Casemiro pegou um tirambaço de fora da área, cruzado, brilhante, para fazer 3 a 0.
Cinco minutos depois, concomitantemente com o quarto gol vascaíno, Rivaldo, que entrara aos 14 no lugar de Henrique, pegou um lindíssimo voleio em cruzamento de Juan para também marcar 4 a 0.
E o quinto gol não saiu por detalhe.
Bahia x Fluminense

No equilibrado primeiro tempo em Pituaçu (15.356 pagantes), o Bahia foi mais eficiente e saiu na frente com Souza aproveitando o rebote de Diego Cavalieri no chute de Marcos, aos 27 minutos.
O Fluminense sabia da importância de um bom resultado para entrar de vez na briga pelo título e começou melhor na segunda etapa, mas foi castigado com o cruzamento de Marcos que Gum tentou cortar e mandou contra. 2 a 0.
Mas nada é tão pior que não possa ter um pênalti daqueles em Lulinha, com direito a cartão vermelho para Gum e mais um gol de Souza, fechando o placar aos 26, em 3 a 0 para o Bahia.
Um balde de água congelante nos ânimos da torcida tricolor carioca, mas um motivo de festa para os tricolores baianos, que saem da zona de rebaixamento.
Botafogo x Flamengo

O Engenhão poderia e merecia ter mais público (20.805 pagantes) do que teve para um Flamengo e Botafogo que definia tanta coisa.
Em campo o Botafogo demonstrava muito mais organização e sistema de jogo, tanto que obrigou Felipe a trabalhar muito para evitar, inclusive, uma pintura que Herrera ia aprontando de bicicleta da entrada da área.
Mas quando a bola foi alçada na área rubro-negra aos 25 minutos, Loco Abreu foi o único que subiu e pôde comemorar com toda a elegância que teve para colocar 1 a 0 Fogão no placar.
O desordenado Flamengo seguia levando pouco perigo, quase sempre na base do individualismo.
Então, no intervalo, Jael entrou no lugar de Deivid e mudou a história.
Com quatro minutos o atacante recebeu na entrada da área, tirou dois marcadores com um único drible e bateu no cantinho, sem chances para o goleiro. 1 a 1.
O jogo ficou equilibrado e ganhou em tensão, com as duas equipes se estudando muito e evitando dar qualquer espaço.
Jefferson, com uma defesa espetacular, impediu que Renato Abreu virasse o jogo aos 23, na melhor chance rubro-negra da segunda etapa.
Nas bolas aéreas o Botafogo chegou perto com o cabeceio de Fábio Ferreira, aos 39, e ainda assustou quando Renato foi para o corte e quase mandou contra.
Como o que interessava para ambos era bola na rede, o 1 a 1 frustra todo mundo. O Botafogo perde um pouco de contato com a ponta da tabela, enquanto o flamenguista já pensa até se irá garantir uma vaga na Libertadores.
E se o Flamengo não conseguiu quebrar a sequência de jogos sem vitórias, o Fluminense não conseguiu manter a sua série de quatro vitórias consecutivas.
Avaí x Palmeiras

Na Ressacada (8.312 pagantes), Avaí e Palmeiras fizeram um jogo em que o cartão vermelho apareceu mais do que gol.
O time paulista saiu perdendo com o gol de Batista, colaboração de Henrique, aos cinco minutos e, aos 23, ficou com um a menos quando Rivaldo foi expulso depois de levar o segundo cartão amarelo.
Os paulistas empataram com Chico, aos 41, mais uma vez aproveitando a jogada de bola levantada por Marcos Assunção.
Então, aos dois do segundo tempo, Gerlei, que entrou no final do primeiro tempo para fechar o buraco aberto com a expulsão, fez falta dura e recebeu o vermelho direto.
Por fim o Avaí, que com dois a mais não conseguia ser superior ao Palmeiras, perdeu Rafael Coelho, expulso por falta em Kléber.
O empate em 1 a 1 acabou não agradando ninguém.
Atlético Paranaense x Figueirense

Na Arena da Baixada , Atlético Paranaense e Figueirense ficaram no 0 a 0.
Corinthians x Santos

O 1 a 1 do primeiro tempo entre Corinthians e Santos não foi justo no Pacaembu com 34.308 pagantes.
Foi justíssimo.
Mesmo que o Corinthians tenha sido ligeiramente superior e mais incisivo.
Explico por quê.
O Santos apresentou suas armas logo de cara, com Neymar ensejando o primeiro ataque perigoso do jogo, com Ibson travado por um defensor corintiano.
Mas o Corinthians logo tomou a iniciativa do jogo e em bela jogada, aos 12, Liedson fez 1 a 0.
Emerson começou bem a jogada  que Alessandro, pela esquerda, cruzou para desvio de Léo.
Liedson ajeitou a bola espirrada entre o pescoço e o rosto e não perdoou.
O Santos reagiu imediatamente com duas cabeçadas, de Edu Dracena e de Alan Kardecc, muito bem defendidas por Júlio César, que ainda faria uma defesa ainda mais difícil, no pés do artilheiro Borges.
Verdade que Liedson mandou um tirambaço no travessão e que Rafael também teve de fazer uma senhora defesa em chute de Willian, mas, num jogo leal, de poucas faltas, o empate era o mais adequado.
E foi o que Henrique fez, aos 37, ao pegar a sobra de um escanteio cobrado por Neymar.
Bola alta na área corintiana, por sinal, foi um pesadelo constante.
Sem Arouca, Elano e Ganso, com três volantes, o Santos de fato criou menos do que se espera dele, mas o suficiente para empatar (que o internauta corintiano não se queixe da ausência de Adriano…).
No segundo tempo, com seis minutos, Paulinho perdeu uma boa chance e Alan Kardec outra, mas aos 8, ele mesmo fez boa jogada e Borges aproveitou para marcar seu 17o. gol no Brasileirão, o de 2 a 1 para o Santos.
Neymar, que jogava discretamente, tinha sido alvo de um coro provocativo por parte da Fiel e…começou a jogar.
Aos 11, por exemplo, enfiou uma bola perfeita para Alan Kardec ampliar, mas ele desperdiçou pela esquerda.
Então, Tite, mudou logo dois, pondo Welder e Jorge Henrique nos lugares de Ramon e Willian.
Mas o Santos se impunha como time superior que é, mesmo com tantos desfalques.
Só que, aos 22, Henrique, que minutos antes havia levado o primeiro cartão do jogo, levou o segundo, ao fazer falta em Alex e, aí, é claro, as coisas começaram a mudar.
Dois minutos depois, Liedson perdeu gol feito de cabeça, em cruzamento de Jorge Henrique.
Borges, gripado, pediu para sair e Felipe Anderson entrou em seu lugar, enquanto, no Corinthians, Danilo entrou no lugar de Ralf.
Não adiantou nada, porque o time era incapaz de fazer uma jogada.
E o inevitável aconteceu em contra-ataque puxado por Alan Kardec que fez 3 a 1, com desvio de Chicão da bola que, na verdade, foi passada para Neymar.
Neymar que, no fim, se machucou e saiu para entrada de Bruno Rodrigo.
Grave mesmo, no entanto, foi a contusão de Alex, retirado de ambulância, desacordado, já nos acréscimos, depois de bater a cabeça no joelho do santista Danilo.
Fim de jogo.
América Mineiro x Cruzeiro

A primeira etapa na Arena do Jacaré (7.892 pagantes) foi parecida com as histórias infantis que envolvem raposas e coelhos. Ou seja, deu sono.
A Raposa cruzeirense errava passes e não conseguia se impor, como era de se esperar que acontecessem contra o coelho do América.
Tanto que o time verde e preto marcou um gol com André Dias, em lance bem anulado por impedimento, enquanto o Cruzeiro só assustou aos 31, com Bobô desviando de leve um cruzamento de Montillo, mas errando o alvo.
Só que a camisa 9 do Cruzeiro não seria lembrada por este lance, mas sim pelo incrível gol que perdeu aos 43, num lance que não surpreende quem se lembra do Bobô dos tempos de Corinthians.
E ele nem voltou dos vestiários, dando lugar à Keirrison.
Promissor, não? Pois não era mesmo para o cruzeirense se empolgar.
A segunda etapa foi equilibrada, melhor para o América na primeira metade e depois com o Cruzeiro pressionando atrás do gol salvador, apostando sempre em Montillo, que carregava a equipe sozinho mas não conseguiu o marcar. 0 a 0.
Com 29 pontos o Cruzeiro é apenas o 14º colocado e está apenas cinco pontos na frente do rival Atlético, primeiro dentro da zona do rebaixamento.
Mais do que explicados os protestos da torcida que sabe bem o motivo pelo clube ter saído de favorito a conquistar a América, para um time que não vence nem o lanterna América.
Internacional x Coritiba

O futebol tem cada uma.
Esperava-se um jogo equilibrado entre Inter e Coritiba, ambos times de bom toque de bola.
Mas logo de cara o iluminado Leandro Damião foi à linha de fundo, cruzou e Oscar se aproveitou para fazer 1 a 0.
O Coritiba que se virasse diante da surpresa antes de poder respirar.
E o Coxa se virou sim, tendo mais a bola e jogando seu jogo, embora permanentemente ameaçado pelos contra-ataques colorados que resultaram num gol bem anulado por impedimento de Damião, uma bola na trave que ele mesmo mandou e um gol incrivel que perdeu.
Quando o segundo tempo começou, o jeitão era de um jogo morno, com o Inter em busca de administrar a vantagem adquirida.
Só que acabou ferido pelo mesmo ferro que usara ao ser surpreendido, antes do segundo minuto, com um gol de Émerson, desviando falta batida por Marcos Aurélio.
E aí, enfim, o jogo ficou com a cara que se esperava antes de começar o primeiro tempo.
Com o Inter melhor, em busca da vitória, mas com o Coritiba sempre insinuante.
O Inter teve uma chance de ouro para desempatar num pênalti sofrido por Damião em lance que começou com um aparente toque de braço do artilheiro. Mas Kléber desperdiçou a cobrança, defendida por Vanderlei, aos 19.
E teve outra, logo depois, com Oscar cabeceando no travessão.
Sim, o Inter fazia por merecer a vitória, mas o organizado time paranaense tratava de segurar o resultado com competência.
E o time gaúcho se frustrava porque a vitória garantiria a entrada no clube dos que têm vaga na Libertadores, além de também o reapresentar como candidato ao título.
Mas não deu.
Para decepção do Beira-Rio, com 18.069 pagantes.
Por: Juca Kfouri e Rafael Belattini.
Classificação da 24° rodada do Campeonato Brasileiro.
ClassificaçãoPJVEDGPGCSG%
Vasco4524136537271062.5
São Paulo4424135639281161.1
Corinthians4324134736261059.7
Botafogo4123125637261159.4
Fluminense3724121113029151.4
Flamengo372491053932751.4
Internacional36249964031950
Palmeiras352481153024648.6
Coritiba332496940301045.8
10ºAtlético-GO33249693027345.8
11ºSantos32229583233-148.5
12ºFigueirense32248882830-244.4
13ºGrêmio30238692731-443.5
14ºCruzeiro292485113028240.3
15ºCeará272476113041-1137.5
16ºBahia27246992832-437.5
17ºAtlético-MG242473143041-1133.3
18ºAtlético-PR232458112436-1231.9
19ºAvaí222457122849-2130.6
20ºAmérica-MG1924310113044-1426.4
P pontos – J jogos – V vitórias – E empates – D derrotas – GP gols pró – GC gols contra – SG saldo de gols – % aproveitamento
Créditos: www.linkatual.com

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