segunda-feira, 12 de março de 2012

Enfim, caiu!

O futebol brasileiro está melhor agora, Ricardo Teixeira caiu!



O presidente da CBF e do COL-2014 renunciou aos cargos e saiu do país, dois anos antes da Copa do Mundo no Brasil. Não estará aqui ver sua principal “obra” realizada. Não poderá executar seu plano e deixar a cena em 2015.
Sim foi uma saída rápida, mas se você acha que foi por causa dos problemas de saúde, está na hora de acordar.
Sua renúncia em uma carta dizia: "Presidir paixões não é uma tarefa fácil. Futebol em nossos país e associado a duas imagens: talento e desorganização. Quando ganhamos, exaltam o talento. Quando perdemos, a desorganização. Fiz o que estava ao meu alcance. Renunciei à saúde. Fui criticado nas derrotas e subvalorizado nas vitórias. Deixo definitivamente a presidência da CBF com a sensação de dever cumprido”, afirmou Ricardo Teixeira.
Além de corrupto, Ricardo Teixeira tinha outro dom, comediante.
“Hoje podemos comemorar. Exterminamos um câncer do futebol brasileiro. Finalmente, Ricardo Teixeira renunciou a presidência da CBF. Espero que o novo presidente, João Maria Marin, o que furtou a medalha do jogador do Corinthians na Copa São Paulo de Juniores, não faça daquele ato uma constante na Confederação. Senão, teremos que exterminar a AIDS também”, disparou. “Desejo boa sorte ao novo presidente e espero que a partir de hoje (acho muito difícil e quase impossível) a CBF dê uma nova cara para o nosso futebol”. Romário, crítico mor de Ricardo Teixeira no congresso.
“Estou muito feliz em saber que participei deste momento de vitória e de mudança para o futebol brasileiro. Não só acredito, mas também espero que uma limpeza geral deva ser feita na CBF. Só então, definitivamente, poderemos ficar tranquilos de que a mudança acontecerá em todos os sentidos”, falou o tetracampeão mundial com a seleção brasileira em 1994.
Verdade seja dita, Teixeira ganhou duas Copas do Mundo para o Brasil, reergueu nosso futebol arte ao ponto de ser um exemplo, viu 11 jogadores brasileiros ganharem premio de Melhor do Mundo, 27 títulos intercontinentais com equipes e nos forneceu várias outras emoções. Como diria uma propaganda: “É possível contar mentiras dizendo a verdade”. Conseguiu dezenas de patrocinadores que contribuem com mais de 200 milhões de reais por ano, e disse que “As contas são problemas dele e ninguém deve se meter nisso”.
Numa entrevista a Revista Piauí, Teixeira disse: "Em 2014, posso fazer a maldade que for. A maldade mais elástica, mais impensável, mais maquiavélica. Não dar credencial, proibir acesso, mudar horário de jogo. E sabe o que vai acontecer? Nada. Sabe por quê? Porque eu saio em 2015. E, aí, acabou."
Ricardo Teixeira deixou o comando da CBF, após 23 anos, e do COL-2014. Nesses 23 anos de comando, o cartola construiu um patrimônio de quase 120 milhões de reais, fora jatinho, helicóptero e outras coisinhas menores. Nada mal para um estudante de Direito que não concluiu os estudos.
José Maria Marin, seu substituto, está na fila há alguns anos e não é um dos mais confiáveis para assumir os cargos, mas desarma acordos e cria um vácuo de poder que pode – PODE – ser o início de um novo caminho.
Por: Brenno Gomez.

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